sexta-feira, 5 de março de 2010

Linguagem própria

Outro dia estava olhando o excelente site da Revista O2 e descobri um glossário que achei bastante interessante. É incrível o universo novo de palavras que a corrida traz para as nossas vidas. Daí pincei algumas das que eu achei mais interessantes e aquelas que vejo com frequência quando leio algo relacionado à corrida. Seguem logo abaixo.

Canelite - Dor na parte anterior da canela que corresponde a 10% a 15% das lesões que ocorrem em corridas e 60% das lesões que causam dores nas pernas de atletas. Essa dor normalmente está relacionada ao impacto repetido da corrida, que gera microtraumas nessa parte do corpo.
Core - Região que engloba quadril, abdome e lombar, considerada o centro de estabilização e de produção de força do corpo.
Descompensação metabólica - Comum em iniciantes, é causada pelos erros alimentares, como comer menos ou aumentar o intervalo entre as refeições. É marcada pela vontade de comer doces e carboidratos no final da tarde e à noite, horas depois do treino, como resultado da má recuperação dos músculos. Deve-se fazer uma pequena refeição antes do treino e uma refeição maior logo depois, possibilitando uma ótima recuperação muscular.
Dor muscular tardia - Dor pós-exercício, que acontece especialmente quando o atleta inicia ou reinicia a atividade física. Nos corredores, acomete principalmente os músculos dos membros inferiores. A dor é pior durante a contração muscular ativa e o prolongamento passivo. Geralmente inicia-se algumas horas após o fim do exercício e atinge o pico de intensidade após 24 a 48 horas.
Eficiência da corrida - É o quanto o corredor consegue usar de seu VO2 máx. Quanto mais eficiente, mais rápido e mais distância ele consegue correr com menos oxigênio.
Endorfina - Substância produzida pelo cérebro que atua como facilitador da comunicação entre as células nervosas e, por isso, pode trazer benefícios como melhor memória, concentração e estado de humor. A beta-endorfina, um dos vários tipos conhecidos, é a que parece produzir maior sensação de euforia.
Estiramento muscular - A lesão muscular mais comum entre corredores. É uma lesão indireta em que o músculo é exigido além da força que suas fibras podem gerar, causando o rompimento dessas fibras. Pode ocorrer no início do treino, por falta de aquecimento ou esforço excessivo, ou no fim de corridas mais longas, por fadiga muscular. Costuma ocorrer nos membros inferiores.Freqüência basal - É a freqüência cardíaca ao acordar (em repouso). O aumento da freqüência basal é indicativo de cansaço ou resfriado. O importante é acompanhar a variação deste indicador. Para medi-la, verifique seus batimentos cardíacos em 30” e multiplique por 2. Não é necessário tirá-la na cama, o fundamental é estabelecer uma rotina para acompanhá-la.Freqüência cardíaca entre L1/ L2 - (exercício aeróbio) O corredor se cansa menos porque os resíduos da respiração aeróbia são normalmente eliminados. É a fase autolimpante da corrida, por isso é também a mais confortável e pode ser mantida durante um longo período. A corrida nesta fase fortalece o coração e os pulmões, aumenta o fluxo de sangue em todo o corpo e torna os músculos mais eficientes para produzir energia.Freqüência cardíaca = ou do L2 - (até 10%): o corredor fica cada vez mais cansado, porque o processo anaeróbio leva ao esgotamento do glicogênio estocado nos músculos e à liberação de mais ácido lático do que o corpo é capaz de eliminar. Isso provoca a sensação de cansaço.
Freqüência cardíaca máxima (FC MÁX) - É alcançada em testes de esforço máximo como o esgoespirométrico, o teste de lactato e o teste de pista. Serve como parâmetro para determinar as freqüências cardíacas para cada intensidade de treinamento. Gasto calórico - Aponta quantas calorias são gastas em uma hora de exercício.Lactato ou ácido lático - Resíduo metabólico produzido quando nos exercitamos acima do limiar anaeróbio. Causa fadiga muscular e diminui a capacidade do corpo de absorver oxigênio do ar atmosférico.Limiar - É a freqüência cardíaca em que ocorrem mudanças cardíacas que alteram a fonte de energia usada pelo corpo. Os limiares podem ser modificados pelo treinamento. O teste de lactato e o ergoespirométrico apontam sem limiares aeróbio e anaeróbio.Limiar aeróbio - Ponto em que o corpo passa a usar o oxigênio como combustível.Limiar aeróbio ou anaeróbio (L1) - Freqüência cardíaca em que o corredor passa a fazer o exercício aeróbio, ou seja, com energia predominantemente gerada com o uso de oxigênio do ambiente ao mesmo tempo em que remove o ácido lático que se armazena em alguns grupos musculares durante o exercício.
Limiar anaeróbio (L2) - Ponto em que a geração de energia em processo anaeróbio supera o aeróbio, a produção de lactado passa a ser maior do que a capacidade do corpo de removê-lo.Microciclo - Uma semana de treino.
Overtraining - Também chamado de síndrome de supertreinamento, acontece quando o atleta força progressivamente seu treino, causando uma grande queda no rendimento. O corpo perde a capacidade de se recuperar das sobrecargas sucessivas e entra em pane. Os sintomas são parecidos com as conseqüências naturais de um treino forte, mas são crônicos. Costuma ser mais comum nos atletas que treinam para provas de longa duração, mas pode ocorrer com todo tipo de esportista.
Propriocepção - Capacidade de saber onde está cada parte do corpo no espaço, a cada segundo. Os proprioceptores são órgãos sensitivos localizados nos músculos, tendões e ligamentos. Eles recebem e transportam para o sistema nervoso central informações sobre tensões, pressões ou distensões nas variadas partes do corpo, para que o cérebro decida como reagir e manter o equilíbrio.
Serotonina - Produzida pelo cérebro, está relacionada aos transtornos do humor e afetivos, pois atua no sistema límbico, o principal centro cerebral das emoções. Baixos níveis de serotonina estão associados também a alterações do sono, com a vontade de comer doces e coma sensação de saciedade. Com taxas normais, a pessoa sente-se satisfeita com mais facilidade e tem maior controle sobre a contade de comer.
Sobrecarga - Aplicação de estresse ou demanda maior do que o normal sobre o sistema fisiológico ou sobre um órgão, resultando num aumento da força ou da função dos mesmos. Aos nos exercitarmos num nível acima do que estamos acostumados, acontecem adaptações que fazem com que nosso organismo fique mais eficiente. É esse estímulo, a que chamamos de sobrecarga, que faz com que ganhemos condicionamento. Na corrida, a sobrecarga pode ser feita aumentando o volume ou a intensidade do exercício.
Tempo-run - Tempo em que se percorre uma distância pré-determinada em ritmo contínuo e intensidade moderada a alta.
Teste ergoespirométrico - Mede os limiares e o VO2 máx, entre outros parâmetros.Treino contínuo - Treino de capacidade aeróbia; corrida em ritmo constante, feita entre o L1 e o L2.
Treino contínuo longo - Treino de capacidade aeróbia; apelidado de “longão”, é semelhante ao contínuo, mas com quilometragem maior.
Treino Fartlek - São treinos em que o corredor alterna um ritmo forte (corre no L2) com um ritmo mais leve (entre L1 e L2). O atleta corre o tempo todo, mas aumentando e diminuindo a intensidade a cada determinada distância ou tempo. (Para aquecer, geralmente, é feito um trote leve).
Treino Intervalado - É o famoso treino de “tiro”: o atleta corre em intensidade alta (acima do L2) durante um determinado tempo ou distância. Entre um tiro e outro, faz um intervalo (com caminhada ou trote bem leve), por isso o treino é chamado intervalado. Se for feito em intensidade muito alta, serve também para aumentar a tolerância do organismo ao ácido lático – assim os sintomas de cansaço não aparecem tão rapidamente na corrida.
Treino Regenerativo - Geralmente um treino contínuo feito abaixo do L1, normalmente no treino seguinte ao de intensidade alta.Treinos específicos - São treinos para que o atleta se acostume com as características da prova que vai enfrentar. Ex: treinos em subidas, em piso específico (areia, terra batida etc), em temperaturas altas/ baixas e treinos de ritmo de prova (o atleta corre uma parte da quilometragem da prova mantendo um tempo proporcional ao quer fazer na competição).Vigorexia ou dismorfia muscular - Transtorno mais comum em homens, que causa preocupação constante em ficar forte a todo custo. Mesmo passando horas na academia e estando muito musculosos, eles se vêem magros e fracos. Sentem vergonha do próprio corpo, e muitas vezes recorrem a “fórmulas mágicas” para ficar forte (anabolizantes, termogênicos).VO2 máximo - Volume máximo de oxigênio que o corpo consegue absorver nos pulmões e usar na produção de energia em um minuto de atividade física. Essa capacidade pode ser melhorada com treino, mas, como é uma característica genética, cada indivíduo tem seu limite natural.Só pra confirmar, já fiz minha inscrição para o Circuito Vênus. Agora é só comprar as passagens e reservar o hotel. Além de treinar muito é claro!

Essa semana nao corri. Viajei a trabalho 03 dias e não dei conta nos outros dois, mas amanhã é dia de treino na rua, se a chuva deixar......

Um comentário:

  1. Amiga, parabéns pelo blog! Destes termos ai alguns eu nem tinha ouvido falar. Vou vir sempre aqui para aprender um pouquinho com vc!
    Feliz dia internacional das mulheres!
    Vamos lá: rumo ao Vênus!


    bjo!

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